sábado, 14 de agosto de 2010

Meu silêncio

Já tenho dito que o meu silêncio é uma forma necessária de expressão, é a ausência fundamentada de qualquer boa palavra para se dizer. Mas a vida é provisória e, cristalinamente, também precisa de silêncios e da ausência de palavras para ser vivida. Definitivamente, os nossos belos desenhos se fazem com as tintas das antemanhãs; as cores da vida jamais precisarão de palavras para serem compostas. Amanhã - quem sabe - eu quebre essa regra, eu quebre o meu silêncio e te conte todos os meus motivos para estar assim; quem sabe eu até mesmo te murmure um belo poema de amor. Por hora componho-me apenas e tão somente de gritos abafados; por hora - necessariamente - vivo da ausência de palavras... Por hora, escuta o meu silêncio!

(Adriano Hungaro – “ESCUTA O MEU SILÊNCIO”)


Te amo filha!